domingo, 9 de fevereiro de 2014

Campo lexical e semântico

Carta de amor de um professor de Geografia

Era uma vez um professor de Geografia que escreveu a seguinte carta para a namorada:

Meu amor,

            A saudade que sinto do teu perfil suave como a serra! Mas não sei chorar. Minhas lágrimas são lençóis cativos nas camadas mais profundas do meu ser - e eu não posso, não choro, não sei chorar. Mesmo que essa alternância de gelo e degelo, longe de ti, venha fragmentado gravemente a rocha dos meus nervos.
           Penso em ti. Profundamente em ti. És de uma ternura transparente como a formação cristalina. És bela como uma floresta de cedros intactos. Doce como a luz do dia estendida sobre as dunas muito brancas. Alta e misteriosa como as agulhas esguias que existem na Islândia. Estás em todas as minhas direções como a rosa-dos-ventos.

Mando-te uma montanha de beijos.
(CAMPOS, Paulo Mendes. Amor de Professor de Geografia)

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