MARTINS, Vera Lucia Bianchini; MONTEIRO, Jucilene A. Arruda
fonte: http://revistas.facecla.com.br/index.php/recadm/article/view/459/356
fonte: http://revistas.facecla.com.br/index.php/recadm/article/view/459/356
INTRODUÇÃO
Interessados em chamar a
atenção dos professores, dos profissionais de comunicação e dos
estudantes sobre a real importância da Língua Portuguesa, os estudiosos do
assunto têm realizado, no Brasil, vários estudos, seminários e encontros, sendo
que, em 1999, foi realizado pela Academia Brasileira de Letras (ABL), em
conjunto com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), um seminário sobre
os desafios e soluções referentes à Língua Portuguesa, o qual teve a
participação de acadêmicos ilustres como Lygia Fagundes Teles e o Presidente
da ABL, Sr. Arnaldo Niskier. Em uma
pesquisa efetuada pelo CIEE, foi constatado que 7 0% dos alunos de
Administração baseiam sua formação em apostilas reproduzidas na própria faculdade. Vários jornais
têm mostrado essa preocupação. A Folha de São Paulo evidenciou, em muitas de
suas reportagens, que o estudante universitário lê pouco e, quando lê, tende a
se limitar às apostilas, aos resumos e aos capítulos xerocopiados dos livros.
Na maioria das vezes, há
também uma grande deficiência em redação, envolvendo tanto os erros gramaticais
quanto a deturpação e deformação de
conceitos e fatos.
No intuito de auxiliar os
estudantes e profissionais de administração e ainda criar subsídios para a
mudança desse perfil é que este trabalho foi realizado. Ele possui como
objetivo principal conscientizar os profissionais da área de administração sobre a importância da correta
utilização da língua materna em seu cotidiano, aspecto este que influencia não
só a imagem da empresa em que atua, como também a sua própria imagem como
profissional e cidadão brasileiro.
Para tanto, foram
desenvolvidos de maneira lógica e objetiva, os seguintes tópicos:
_ A
Língua Portuguesa nos processos de recrutamento, seleção, admissão, treinamento e demissão;
_ A
Língua Portuguesa x Imagem x Qualidade Total;
_ A
importância da adequada abordagem nas redações comerciais;
_ A
linguagem como fator de venda de imagem.
Morin (1995, p. 81),
citado por Maria Cândida Moraes no livro O
Paradigma Educacional (1999, p. 72), afirma:
“Eu considero impossível conhecer as partes sem conhecer o Todo, assim como
conhecer o Todo sem conhecer particularmente as partes”. É uma concepção
sistêmica. A partir desse conceito, chega-se à conclusão de que existe um
sistema (para este trabalho, a empresa). Esse sistema é formado por partes que
se integram e se complementam entre si (setores, departamentos e colaboradores).
O sistema como um todo é
representado por suas partes individualmente ou em conjunto, ou seja, a sua
imagem dependerá dessas partes e o impacto externo será determinado pela
atuação das partes. Sendo assim, pode-se ilustrar o pensamento acima com o
diagrama a seguir:
Imagem SISTEMA (Empresa)
Deptos. Setores
Colaboradores
Resultado(Impacto)
Feedback (resposta
externa positiva ou negativa)
4 A Língua Portuguesa nos Processos de
Recrutamento, Seleção, Treinamento,
Admissão e Demissão
Sabe-se
que, na administração de uma empresa, a comunicação é extremamente importante
uma vez que todas as informações no âmbito organizacional devem ser
transmitidas com clareza e objetividade, de modo que não gerem dúvidas aos
receptores das mensagens. Especificamente no que tange à Administração de
Recursos Humanos, percebe-se a grande e
peculiar importância da língua materna.
O
recrutamento de pessoal consiste em procedimentos pelos quais a empresa tem
como objetivo atrair a mão-de-obra de que necessita. Isso pode ser feito por
intermédio de diversas fontes, tais como: escolas, agências de emprego,
anúncios em jornais, rádio, televisão, internet e similares. Um dos meios mais
utilizados para atrair candidatos são os anúncios efetuados pela imprensa
escrita, devido à sua praticidade. Entretanto, a redação do anúncio deve ser
clara e conter informações essenciais para atrair os candidatos mais
desejáveis. Para tanto, a pessoa do anunciante deverá demonstrar domínio de
vocabulário, utilizar-se de palavras e frases dispostas corretamente, evitando,
dessa forma, a disseminação de dúvidas e incoerências na mensagem.
Segundo
o Prof. Eli Rozendo (1980, p. 35), a linguagem é uma fonte de muitas falhas na
comunicação, e o desconhecimento do significado correto de uma palavra por
parte do receptor pode levar à incompreensão e ao fracasso de toda a mensagem.
De outra forma, se o emissor faz uso de uma palavra sem ter certeza do seu
significado, pode produzir uma mensagem inteiramente diferente da que deseja
transmitir.
Ainda
no que se refere ao processo de recrutamento, a maneira como a mensagem for
transmitida será a responsável pelos candidatos advindos dessa procura, sendo
que uma mensagem clara e objetiva atrairá candidatos realmente “atinentes” ao
cargo em questão, enquanto que, se a mensagem gerar dúvidas devido à
incoerência ou à falta de objetividade, poderá atrair candidatos com perfis
profissionais alheios aos que o cargo necessita. Tal fato causaria perda de
tempo e
transtornos,
o que poderia ser evitado com a correta utilização da Língua Portuguesa, com um
vocabulário adequado e com palavras bem empregadas e frases bem formuladas.
O
mesmo raciocínio deverá ser utilizado nos processos de seleção, treinamento,
admissão e demissão de empregados, ou seja, faz-se necessário um cuidado
especial na transmissão de mensagens oriundas dos processos de comunicação
organizacional, sejam essas mensagens transmitidas de forma oral ou escrita, a
fim de que não causem dúvidas, transtornos e/ou constrangimentos para ambas as
partes (empregado e empregador), pois a forma como essa mensagem é transmitida, poderá, também, influenciar
negativa ou positivamente a imagem da organização.
Língua Portuguesa x
Imagem x Qualidade Total
Vive-se,
atualmente, em busca da qualidade total em produtos e serviços. Pode-se
deduzir, então, que uma empresa que objetiva alcançar a qualidade total não
poderá transmitir uma imagem negativa a seus clientes, ou seja, esse tipo de
impacto poderá causar à sua clientela uma rejeição por seus produtos e/ou serviços.
A
mensagem será causadora de um impacto em todos que a receberem. Esse impacto
(positivo ou negativo) refletirá a imagem da organização. Sendo assim, a imagem
da empresa depende de seus dirigentes e colaboradores. Afinal, como explicar um
diretor escrevendo em uma carta comercial: “se
houverem perspectivas”, “estou enviando”, “a reclamação foi efetuada junto ao
órgão competente” ou “a nível de...” ou mesmo verbalizando tais expressões?
Fica aqui um questionamento: Que imagem esse diretor transmitirá da empresa ou
do setor em que trabalha? Será a imagem de alguém preparado para o mercado
atual, tão exigente quanto ao “ouro” maior chamado conhecimento?
Segundo
Frank M. Corrado, em seu livro A Força da
Comunicação (1994, p. 13), a comunicação pode causar um impacto direto no
resultado final – para melhor ou para pior. Salienta, ainda, que quatro de cada
cinco executivos principais acreditam “de verdade” que seus esforços de
comunicação podem realmente causar esse impacto. Dessa forma, há que se
oferecer caminhos mais acessíveis para o aprendizado da Língua Portuguesa em
seus diversos aspectos: gramática, interpretação de textos, redação e outros
pertinentes ao estudo da língua materna. Só assim as empresas serão capazes de
gerar e transmitir comunicações claras e objetivas em seus vários níveis
hierárquicos, interna ou externamente, evitando equívocos e construindo uma
imagem positiva no mercado em que atuam.
A
redação é item de extrema importância em uma organização, sendo a sua correta
abordagem fator fundamental para o entendimento da mensagem final.
A
redação de cartas comerciais, ofícios, memorandos, atas, relatórios, acordos,
requerimentos, circulares, contratos e similares fazem parte do cotidiano das
organizações, sejam elas, pequenas, médias ou grandes empresas.
Nos
dias atuais, escrever com clareza, coerência e concisão é uma vantagem
competitiva capaz de elevar a imagem da empresa perante a sua clientela, os
seus colaboradores, os seus fornecedores e, também, perante a concorrência.
Trata-se de uma competência especial na comunicação, uma preocupação em fazer o
melhor, produzir produtos e prestar serviços que tenham arraigados em si um
patrimônio cultural que é a Língua Portuguesa, na clareza e objetividade dos
textos, na gramática correta, na certeza de que a mensagem transmitida não será
geradora de dúvidas, e sim de uma
interpretação certeira.
Para
uma boa redação há que se ter argumentação adequada e convincente, além de
precisão e assertividade vocabular, criatividade, coerência e, ainda,
conhecimento do assunto em questão. Devem ser evitadas as falhas gramaticais,
as gírias, as pontuações inadequadas, os pleonasmos, os estrangeirismos, as
expressões vagas ou ambíguas, além de outros empecilhos que possam influir na
precisão dos resultados esperados com a veiculação de tal mensagem.
De
acordo com João Bosco Medeiros (1995, p. 47), pensar antes de falar e refletir
antes de escrever são regras fundamentais para a comunicação eficaz.
Para
Medeiros (1995, p.77), a redação comercial exige a mesma atenção que se
dedicaria a um texto literário ou a um relatório técnico. Não é com
agastamento, cansaço ou aborrecimento que se transmite uma imagem positiva da
empresa; também não se conquista a atenção do leitor com uma linguagem pejada
de estrangeirismos, e cuja estruturação
frasal seja confusa.
Torna-se,
portanto, necessária por parte dos administradores a plena consciência de que a
imagem da empresa em seu mercado de atuação é fator que depende intrinsecamente
da maneira pela qual a organização se comunica e expressa a sua mensagem.
A Linguagem como fator de
Venda de Imagem
Para
Maria Luiza Abaurre et alli, em seu
livro Português, Língua e Literatura (2000,
p. 2), a linguagem é decorrente de práticas sociais de uma cultura humana,
representando-as e modificando-as, sendo o seu exercício atividade
predominantemente social. Salienta, ainda, que as linguagens desenvolvidas pelo
Homem pressupõem conhecimento, por parte de seus usuários, do valor simbólico
dos seus signos.
A
partir dessa concepção de linguagem, pode-se atribuir a ela uma grande
influência na imagem de um produto ou serviço. A maneira como a linguagem é
exposta determina o público a ser atingido,
isto
é, a linguagem deverá estar de acordo com o público-alvo.
A
linguagem utilizada por uma organização na venda de produtos ou serviços será
um dos fatores responsáveis pelo sucesso ou insucesso de tais atividades.
Ainda
segundo Abaurre et alli (2000, p. 4),
a linguagem é antes de tudo uma atividade
do sujeito, um lugar de
interação entre os membros de uma sociedade, que podem usá-la tanto para
revelar como para esconder suas verdadeiras intenções, visto que, por ser
indeterminada a linguagem permite a ambigüidade e os duplos sentidos.
Nas
empresas, há que se tomar um cuidado especial em aspectos referentes à
ambigüidade da linguagem, pois da direção enfocada pela mensagem dependerá o
sucesso ou não do que se deseja transmitir. Estará em pauta não só a imagem do
produto ou serviço, bem como a imagem da empresa como um TODO inserido em uma
comunidade capaz de responder negativa ou positivamente, comunidade esta composta por clientes, colaboradores,
fornecedores e a sociedade em geral. Tais respostas poderão proporcionar à
organização uma atuação medíocre ou uma
atuação
brilhante. Sem dúvida alguma, os representantes da empresa, em seus diversos
aspectos, serão responsáveis pela qualidade dos produtos e serviços oferecidos,
o que inclui esta vantagem competitiva, este diferencial que é a linguagem
adequada de acordo com os moldes e preceitos da língua materna.
PESQUISA
O
questionário de pesquisa, denominado Pesquisa sobre a Importância da Língua
Portuguesa nas Organizações, composto de cinco questões foi aplicado a vinte e
um participantes, sendo que para esse universo pesquisado, nove pessoas são do
sexo masculino e doze pessoas são do sexo feminino, com profissões diversas,
entre elas: administradores; contabilistas; médicos; professores;
estudantes
de curso superior de administração, de comunicação social e de letras;
bibliotecários, auxiliar de enfermagem e outros.
A
aplicação do questionário deu-se em duas cidades distintas: Campo Grande,
situada no estado de Mato Grosso do Sul, região Centro-Oeste do Brasil, e
Curitiba, localizada no estado do Paraná, região Sul do país. O fato de a
pesquisa ter sido realizada nestas
cidades agregou, com certeza, maior credibilidade ao trabalho ora desenvolvido,
pois de maneira dinâmica, conseguiu-se abranger
resultados
de dois estados com culturas e tradições diferentes. Entretanto, por intermédio
de tais resultados, percebeu-se que há um consenso no que diz respeito ao
impacto negativo que enganos, erros e distorções na comunicação escrita ou oral
podem proporcionar a uma empresa e a seus dirigentes, influenciando de maneira
direta e indireta a imagem da organização como um todo.
1)
Marque as alternativas que, na sua opinião, sejam mais adequadas ao caso: O
dirigente (diretor ou presidente) empresarial que fala ou escreve errado – sem
demonstrar preocupação com a correta utilização do idioma – é, na sua opinião:
ALTERNATIVAS Nº DE PESSOAS PERCENTUAL
uma
pessoa despreparada no que diz respeito ao idioma do país em que vive. 05
23,81%
uma
pessoa interessada em aprender. 0 0 alguém que transmite uma imagem positiva da
empresa em que atua. 0 0
alguém
que transmite uma imagem negativa da empresa em que atua. 7 33,33%
um
indivíduo atualizado com as exigências do mercado de trabalho. 0 0
uma
pessoa despreparada no que diz respeito ao idioma do país em que vive e,
também, alguém que transmite
uma
imagem negativa da empresa em que atua. 09 42,86%
TOTAL 21 100%
Gráfico
Ilustrativo das respostas dadas pelos participantes à primeira questão do
questionário aplicado. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ................................................. 21
(Participantes)
20%
40%
60%
80%
100%
%
0
42,86%
33,33%
23,81%
Legenda:
2)
Compare os textos dos anúncios abaixo. Qual deles retrata com maior clareza e
positividade a imagem da empresa e é também, mais objetivo em relação ao profissional
que deseja contratar?
ANÚNCIO 1 VENDEDOR – Esquadria, comparecer Av. Raquel de
Queiroz nº 1330. Serralheria e Vidraçaria.381.2941.
ANÚNCIO 2 SERRALHERIA Precisa de pessoas dinâmicas, com
garra, que gostem de lidar com o público e que
possuam condução própria para trabalhar com vendas de
esquadrias. Não é necessário ter experiência anterior. Fornecemos treinamento.
Comparecer na Rua 15 de Novembro, 125 – centro, das
08:00 às 14:00 h e falar com Sr. Kléber.
Fonte - Adaptação:
“Diário do Pantanal” – Edição de 25/26 de maio de 2002
Nesta
questão houve unanimidade na resposta, ou seja, 100% dos participantes
escolheram o anúncio 2 como sendo o mais objetivo. As justificativas para essa
escolha foram variadas: possui mais informações, mostra melhor o perfil do
profissional, é mais completo, mais objetivo, melhor redigido, mais claro, mais
definido, dentre outras.
3)
Você acredita que a clareza, objetividade, gramática e ortografia em uma
redação comercial possam influenciar na imagem transmitida pela empresa? Justifique
sua resposta.
Nesta
questão, também houve unanimidade, isto é, 100% dos participantes responderam
“sim”, utilizando-se de diversas justificativas para tal resposta, entre elas,
o grau de comprometimento desses itens (clareza, objetividade, gramática e
ortografia) com a imagem da empresa e a conseqüente associação desses itens com
o produto ou serviço oferecido pela organização.
4)
No seu ponto de vista, é importante que as pessoas falem e escrevam corretamente?
Para esta questão, 100% dos participantes responderam que é importante que as
pessoas falem e escrevam corretamente.
Número
de participantes que responderam ser o dirigente (diretor ou presidente) da
empresa uma pessoa despreparada no que diz respeito ao idioma do país em que
vive: 5 participantes, o que equivale a 23,81% dos pesquisados.
Número
de participantes que responderam ser o dirigente (diretor ou presidente) da
empresa alguém que transmite uma imagem negativa da organização em que atua: 7
participantes, o que equivale a 33,33% dos
entrevistados.
Número de participantes que responderam ser o dirigente (diretor ou presidente)
da empresa uma pessoa despreparada no que diz respeito ao idioma do país em que
vive e, também, alguém que transmite uma imagem negativa da organização em que atua:
9 participantes, o que equivale a 42,86% dos profissionais pesquisados.
Para
efeito de constatação da importância da Língua Portuguesa na área de Administração, bem como da sua influência na
imagem das organizações empresariais, foi realizada uma pesquisa na qual foi
utilizada a aplicação de um questionário para um universo de vinte e um
participantes, profissionais de diferentes áreas, com escolaridade variável
entre o ensino médio e o ensino superior.
Salienta-se
que esta pesquisa, advinda de uma pequena amostra, não tem a pretensão de
demonstrar resultados definitivos, e sim de promover um alerta aos profissionais
em geral e, principalmente, aos profissionais da área de Administração,
levando-os à reflexão e à conscientização do poder da língua materna nos
processos de comunicação organizacional.
Para
o presente trabalho também foram utilizadas concepções de diversos autores e
dados estatísticos relacionados à área de estudo.
Neste
trabalho, foi abordada a importância da Língua Portuguesa para a área de Administração, levando-se em consideração
a repercussão da língua no que tange à imagem de uma organização.
Sabe-se
que a língua faz parte da cultura de um país, e a sua correta utilização é um
dever quase que patriótico.
A
língua materna encontra-se em todas as áreas do conhecimento e do saber humano:
na troca de idéias sobre determinado assunto, nas negociações, na compra e
venda de produtos ou serviços, na roda de amigos, nos bancos acadêmicos, no
comércio, na indústria, nas organizações públicas, enfim, em todos os locais
onde há seres humanos. Portanto, de forma oral ou escrita, deve ser usada de
maneira adequada, deixando clara a mensagem do emissor para o receptor.
Nas
empresas, essa clareza é de extrema importância na “arte de ordenar”. Segundo
Eli Rozendo (1980 p. 48-49), as ordens devem ser claras, coerentes, concisas,
precisas, diretas e inequívocas. Dessa maneira, uma ordem oral ou escrita para
ser bem compreendida deverá estar em concordância com os preceitos da língua em
que foi emitida, no caso estudado neste trabalho, a Língua Portuguesa.
Rozendo
(1980, p. 11) destaca também a importância da comunicação em todos os níveis:
entre subalternos e superiores, entre empregados e patrões, entre a empresa e o
público, entre a empresa e os fornecedores, nos jornais e revistas destinados
aos empregados, nas reuniões, nas cartas, nos relatórios, nos gráficos, nos
memorandos, nos panfletos e nos filmes publicitários.
Trata-se,
portanto, da imagem da empresa como um sistema por meio do qual ela transmitirá
a sua mensagem, e a maneira como essa mensagem for transmitida poderá
resultar uma resposta (feedback) positiva ou negativa oriunda do ambiente
externo ou, até mesmo, do ambiente interno. Essa resposta poderá ser a
responsável pelo sucesso ou insucesso da organização.
É de
vital importância que a organização agregue valor ao seu potencial por
intermédio da sua imagem, da sua cultura, da sua interação com clientes e
parceiros e, também, do capital intelectual de seus dirigentes e colaboradores,
ou seja, o diferencial capaz de alavancar uma empresa para o sucesso
encontra-se nas pessoas e no conhecimento que elas possuem. É, afinal, a gestão
do conhecimento tão comentada nos dias atuais.
Uma
vez que o administrador conheça as particularidades de seu país e do seu
idioma, ele, com certeza, terá colaboradores capacitados e preocupados com a
correta e adequada utilização da Língua Portuguesa em seu ambiente de trabalho
e atuação, resultando uma imagem positiva, capaz de gerar lucros e aumentar a
clientela.
BIBLIOGRAFIA
ABAURRE,
Maria Luíza; PONTARA, Marcela Nogueira; FADEL, Tatiana. Português: Língua e Literatura. São Paulo: Moderna, 2000.
CORRADO,
Frank M. A força da comunicação: quem
não se comunica. Tradução Bárbara Theoto
Lambert. São Paulo: Makron Books, 1994.
MEDEIROS,
João Bosco. Correspondência: técnicas
de comunicação criativa. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
MORAES,
Maria Cândida. O paradigma educacional
emergente. 3. ed. Campinas, São Paulo: Papirus, 1999.
SANTOS,
Eli Rozendo Moreira dos. Comunicação na
pequena, média e grande empresa. Rio de Janeiro: Tecnoprint Ltda., 1980.
BRASIL.
Seminário sobre a língua portuguesa: desafios
e soluções. São Paulo,SP, 31 maio 1999. Disponível em:
<http://www.academia.org.br/desafios.htm>. Acesso em: 18 abril
2002. Jornal Diário do Pantanal. Campo Grande, MS,
25/26 maio 2002. Classificados: Seção
Negócio Fechado, p. 39.
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